Amadorismo???

Há muito amadorismo na prestação de serviços de arquitetura!

Calma! Antes que você julgue essa frase, tremendamente prepotente: acompanha meu raciocínio!

Pensemos o conceito de Teatro Amador. O Teatro Amador é um trabalho feito por atrizes, atores, produtores e diretores, muitas vezes graduados  em Artes Cênicas, profissionais competentes e talentosos, mas que entregam ao público um trabalho que não gera renda. Seja por falta de patrocínio, seja por dificuldades na arrecadação de bilheteria. São trabalhos sérios, feitos por conjunto de profissionais competentes, mas que trabalham naquele espetáculo (que não traz retorno financeiro) por amor, por amor ao teatro e à vontade de fazer teatro. Sem entrar nos diversos temas e micro-temas que envolvem esse assunto, concluímos que o Teatro Amador é capaz de produzir espetáculos de excelente qualidade e unir profissionais extremamente talentosos e competentes… sem deixar de ser amador.

Pensemos, agora, esse conceito em arquitetura. Na prestação de serviço em arquitetura. O que seria um profissional de arquitetura amador?

Seria uma pessoa que, embora competente e talentosa, não consegue viver plenamente de sua profissão. Tem muitas dificuldades de gerir seu negócio, seu escritório. É fundamental para a saúde da sua carreira que você entenda, conheça e aprenda temas que estão fora do conhecimento prático (e teórico) em arquitetura.

Conhecimentos de administração, finanças e marketing tem que estar sempre presentes no dia-a-dia de um arquiteto, seja aquele que trabalha em sua própria casa, seja aquele que tem seu próprio escritório. Não se engane com a escala! Independente do tamanho do seu negócio, seja ele home office ou uma empresa com muitos funcionários; esses conhecimentos, ainda que básicos, são fundamentais para uma carreira de sucesso.

Esse é um conceito delicado! Não entenda amadorismos como um substantivo pejorativo. Talvez essa palavra seja apenas um incentivo para que nós, profissionais, nunca deixemos de buscar conhecimento, especialmente aquele conhecimento que nos leva a universos tão diferentes do nosso. Pense fora da caixinha! 😉